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domingo, 2 de novembro de 2014

Encruzilhadas

Não é fácil escrever depois duma noite miserável como a de ontem. Perder em Guimarães não é desonra nenhuma, mas como justificar tamanha ausência de qualidade?

É por isso que considero importante refletir este momento, claramente uma encruzilhada fulcral nesta temporada. Pois nada estando perdido, também desta derrota poderão advir consequências para este projeto desportivo.

Esta análise nasce de uma evidência incómoda e desagradável: a equipa do Sporting facilitou na abordagem a este jogo (talvez um pouco à semelhança daquele hiato frente ao Marítimo). 

É impossível que uma equipa que tenha batido o pé ao Chelsea, que tenha recuperado dois golos em inferioridade numérica na Alemanha, que eliminou categoricamente o porco em pleno dragoum, soçobre tão escandalosamente em Guimarães. Digo isto sem desprimor para os minhotos (bem pelo contrário), mas burilando realidade.

Este facilitismo não se resume a um ou outro jogador. Recai sobre a equipa no seu todo. E coloca uma mancha difícil de apaziguar. Creio mesmo que incide sobre a própria identidade do clube, pensamento incómodo que não me abandona. 

É tempo do Sporting, e dos sportinguistas, refletirem sobre o caminho que pretendem calcorrear. É tempo de compreender que os corcéis dourados só existem nos contos de fadas. Que o futebol é cousa dura e tremendamente difícil. Que os jogos só se ganham querendo mais que os adversários (árbitros inclusivé).

Ontem, isso não sucedeu.

Deixemos de ceder ao momentâneo. 
Deixemos de nos satisfazer com o doce mirrado das vitórias morais. Trabalhemos na completa medida da nossa capacidade, pois apenas essa entrega pode garantir serenidade nos momentos mais difíceis.

Sejamos, de uma vez por toda, clube INTEIRO. 
Na vitória e na derrota.

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