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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Onde estava a cabeça de Filip de Wilde

Real Slim Shady


Imaginem um puto na Argélia a correr atrás de uma bola, claro que joga no ataque. Ele só quer marcar golo, foi o que lhe ensinaram. Quando está no rectângulo e saca aquele sprint louco atrás da bola que chutou, mesmo que seja para a ir buscar do outro lado da estrada, o puto vai com ganas de marcar o golo. Este puto não joga nada de por aí além, mas o que o faz andar ali na molhada para festejar aquela carambola que deu golo, é o facto de ele saber a lenda do Slimani. 

Aqui o Nabil, estava no café à caça do refresco ou da beata que alguém deixa à porta, e ouviu os adultos a falar, estavam a falar do Goleador da belíssima selecção das raposas.  
O corredor do ataque, aquele que persegue todo e qualquer lance sempre com a matreirice de saber onde tem de estar para pegar na redonda, venha pingada, com força, ou de ressalto, ele quer apanhá-la para marcar golo. 
É para isso que ele lá está, agarrado, socado ou com um central a morder naquele espaço onde a caneleira não protege, seja de que maneira for, porque para ele não há golos feios e metê-la lá dentro é o que interessa. 

O Nabil descobriu que ele andou pelos campos da Argélia a levar e dar mocada, mas a marcar uns golitos pelo meio. Já com idade para ter ganho algum juízo e fazer-se à vida, porque não estava ali um predestinado, aparece o Sporting com uma nota de 500 e pega no rapaz. 
Afinal foi de lá que saiu o Figo, o CR e o Quaresma, não iam fazer do Slim a nova moda jovem da Europa, mas os Abranis quando se juntaram para tocar umas guitarradas também não foram a achar que iam envergonhar muitos American Bluesman

Qual Eminem do deserto, com o seu one shot one opportunity. Pois é, o milagre da mente sobre a técnica aconteceu, aquele clube da Europa que pegou naquele desengonçado que marcava golos, muitas vezes sem se perceber como, desabrochou para uma estrela das clássicas no futebol. 
Dribla, desenha jogadas evoluídas e destrói defesas como Striker lutador que é. 

Marcar golo é o negócio dele e se lhe chegar a redondinha à cabeça, é dinheiro no bolso. O Nabil percebeu ali que podia ser jogador da bola, só tinha de os marcar e nunca desistir, à la Slimani. 
E a beleza que é desencantar mais um ídolo para o Mundo, um herói para mostrar aos Nabils que só têm é de buscar o golo e alguém vai dar por eles. 

De e para a Argélia com amor, que nos forneceu a melhor coisa que de lá saiu desde os Abranis.

4 comentários:

  1. Impecável, caro amigo!

    Isto é que se chama uma entrada "á Slimani"... chegar, ver e rematar para goooolooooooooo!

    Welcome ;-)

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    1. Cheers mate, mas a jogada foi tua e do mãos de ferro... :)

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    2. Ah e nem tinhas dito (por isso, digo eu).

      O post é para ler ao mesmo tempo que está a tocar o som que nos deixaste!

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  2. Entrada de cabeça á Super-Slim, e ela já mora lá dentro, já beijou a rede, grita que é golo!

    Muito bem, gostei bastante do texto e quando o comecei a ler o nome Nabil lembrou-me um puto que por sinal também é argelino e que podería ter vindo para o Sporting, mas ainda bem que não veio, pois se assim fosse não tinhamos tido o previlégio de ter cá o Slimani, hoje esse "puto" anda não sei por onde a dizer mal da escolha que fez e nós felizes da vida com isso.

    Sem dúvida que na Argélia o Slimani é um heroi e os putos nas ruas onde jogam futebol querem ser "Slimanis" e o nome do Sporting deverá ser gritado também lá para o Magrebes cada vez que há um golo nas futeboladas de rua.

    É assim também que se cresce na ilusão de um dia podermos ser alguém igual a quem idolatramos...

    Bem-vindo ao Mistica Leonina!!!

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